O milenar território Coreano divido em norte e sul, sempre foi palco de disputas motivadas pelos olhos de cobiça dos Imperadores da China e do Japão; povo sofrido mas de forte cultura, foi alvo de atrocidades, passando de mão em mão no revezamento imperialista de chineses e japoneses.
Com a derrota do Japão ao final da 2ª Grande Guerra, a Coréia voltou a respirar liberdade: mas por pouco tempo, pois a exatos 60 anos passados no distante 1950, a Coréia voltar a ser a liça da contenda entre russos e norte americanos, dividida pelo famoso paralelo 38.
Desta vez , as duas grandes potências militares foram para lá medirem forças por três anos, em uma época difícil que por pouco não eclodiu a 3ª Grande Guerra.
Assinado o Armistício em 1953, a Coréia do Sul menor que 100 mil quilômetros quadrados ( menos que a terça parte do Rio Grande), toma o mesmo rumo do Japão em um governo democrático e de tendência capitalista, desenvolvendo seus potenciais a ponto de ser considerada hoje a 13ª economia mundial.
E assim sendo, de década em década de desenvolvimento, chegamos até 2010 e a melhor notícia é a inauguração esta semana do Autódromo Internacional de Yeongam, meio inacabado, porém aprovado, aquele que poderá ser em breve uma repetição de Mônaco, não talvez com o "charme" do mesmo, mas muito parecido em configurações de pista e aquilo que pretende ser em hotéis, cassinos, restaurantes....
Treinos e Corrida:
Pista nova, asfalto novo, os pilotos chegaram a Yeongam, com muita cautela e tão somente com conhecimentos obtidos através dos simuladores.
Não demorou muito para no decorrer dos treinos estes verdadeiros gênios da pilotagem esportiva foram descobrindo as "manhas" da pista e após, os melhores tempos foram rapidamente obtidos, passando por várias mãos o melhor de cada treino até chegar na formação do grid, onde novamente a dupla da RBR se apresentou para a primeira fila, com Alonso e Hamilton na 2ª fila, sendo que a terceira é dividida entre Rosberg e Massa.
Mas as surpresas não terminaram por aí: a prova mostrou-se até muito animada com diversas disputas, bem como faltando somente três provas para encerramento do Campeonato e vários candidatos ao título.
Porém, a mãe Natureza resolveu temperar a corrida com uma chuva muito intensa, que forçou a direção da prova a dar a largada com Safety Car a frente dos 24 monopostos, que o seguem em fila indiana sem poder ultrapassar, evidentemente.
Tão forte de tornou a chuva, que a corrida ainda com SC na pista foi obrigada a ser suspensa, aguardando melhores condições.
De pneus para chuva intensa, as viaturas deram nova largada ainda em fila indiana atrás do SC, até que este liberou a pista para aceleração integral, quer dizer: o que era possível, pois continuaram as árduas condições de chuva.
A turma da frente, com altas responsabilidades na busca do título ou de fazerem melhor performance vinham cuidadosos: somente Webber vinha com muito apetite na cola do Vettel, que "tirava de letra " o assédio do caçador de crocodilos Webber; Alonso mantinha-se por perto de Webber, controlando muito bem a distância que o separava de Hamilton.
Este sim, vinha assediado pelo competente Nico Rosberg, muito evoluído na pilotagem e como de resto, dando de relho no hepta campeão, com Felipe Massa procurando discretamente se manter à frente de Button e Kubica.
Único determinado a fazer alguma coisa era Webber que perseguia ferozmente ao seu companheiro de equipe Vettel; pagou caro, perdeu a traseira na pista molhada e por vezes barrenta, bateu nas latas e de rebote ainda deu no Rosberg que vinha muito bem; Alonso escapa, mas Rosberg fica fora da corrida, com Massa avançando para o quarto posto.
A Mercedes, na troca de pneus para intermediários, após perder seu carro melhor posicionado com Rosberg, deve ter dado " um traguinho de gasolina verde" para o Schumi que se acordou e veio decididamente para frente em perseguição a Massa, que se defendeu muito bem do ex-mestre.
A corrida foi se desenvolvendo até que Alonso, na troca de pneus árduos para chuva, pelos intermediários sofre uma mancada da Ferrari ( mais uma ) no momento da troca que foi tão grosseira e prejudicial como as que Massa já sofreu, fazendo o asturiano perder a 2ª posição para Hamilton.
Aí começa aparecer a competência de Alonso, mostrando ser sem dúvidas o melhor piloto de F1 do momento, embora isto não o isente ainda de ser um " chato ": volta a pista e não quer saber se os pneus intermediários estavam frios ou quentes, se tinha ainda pouca ou muita água na pista; enfia o pé no pedal da direita e em duas voltas chega e ultrapassa Hamilton, retomando deste a segunda posição, mostrando porque é bi campeão e sério candidato ao título de 2010.
Como sempre dizia o penta campeão Juan Manoel Fangio que " Carreras son Carreras" e como a " sorte ajuda os competentes", o asturiano pôs-se na perseguição do Vettel, cujo desempenho já não era tão faceiro assim, permitindo a aproximação do Ferrarista( Viva L'Italia!); poucas voltas do final, o Vettel já estava com sua RBR na alça de mira da "macchina rossa" de Maranello, e qual não foi a surpresa de ver o motor Renault da Toro Rosso "ir para o espaço", ficando de fora da disputa e permitindo ao Alonso ocupar a primeira colocação, com Hamilton em segundo, Massa em terceiro "toreando" o Schumacher que passou ao 4º posto e mantendo dele uma distância eficaz de 10 segundos.
Barricchelo vinha em quinto, em uma corrida eficiente e séria, até ensaiando uma arremetida na caça do alemão que em nada resultou; não se sabe porque, terminou a corrida em 7º lugar.
Assim sendo, Alonso que é competente e tem estrela, ganha a corrida, assume a primeira colocação na pontuação e se desenha claramente que será tri campeão este ano; brilhante o espanhol que até a metade do Campeonato pouco havia conseguido além de uma vitória na abertura do mesmo.
Foi assim que vi esta etapa do Campeonato na inauguração do inédito circuito coreano.
Para encerrar: os sites italianos falam a "boca pequena" que a Hyundai estaria com projetos de entrar na F1, principalmente após as doloridas saídas da Honda e da Toyota.
O próximo GP é no Brasil: vamos acompanhar de perto.
Roberto Giordani.
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