Este blog destina-se ao contato entre pilotos da "velha guarda", preparadores e simpatizantes, à publicação do Jurassic News e para troca de comentários e emissão de opiniões pessoais.



















sábado, 18 de setembro de 2010

Pesar Duplo

          É com extremo pesar que informamoms o falecimento dos pais de nosso companheiro Fernando Esbroglio.
          O Sr. Armando, na noite de quinta-feira passada e da D. Vera na manhã de sexta-feira... Sim amigos... 11 horas de diferença.
          Acaso, destino, capricho de Deus em não os separar, espíritos unidos... não sabemos.
          Só sabemos que juntos foram ao encontro de nosso Pai, para de lá continuarem a zelar por seus filhos, netos e bisnetos.
          A tristeza e dor das perdas são enormes e irreparáveis, mas Ele dará a ti, "Gordo", força, paz e saúde para continuares trilhar teu caminho... infelizmente agora sem eles.
          Um grande e carinhoso abraço de teus amigos Jurássicos.
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          Hoje, no jornal Zero Hora, foi impressa esta nota:

                          Uma história de amor do início ao fim

 
          Com menos de 11 horas de diferença, Vera Maria e Armando José Esbroglio morreram depois de 70 anos de convivência


          Uma história de amor e carinho de 70 anos terminou com uma incrível coincidência. Menos de 11 horas depois da morte do marido, a esposa teve um ataque cardíaco, que lhe tirou a vida, mas a livrou da dor de ser avisada da perda.
          O empresário Armando José Esbroglio estava internado havia 45 dias no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, onde morreu às 21h30min de quinta-feira. Quando a família se preparava para comunicar Vera Maria, a companheira de sete décadas de Armando, que gozava de boa saúde, ela sofreu uma inesperada parada cardíaca, às 8h15min de ontem. A sintonia surpreendente foi o último capítulo de uma vida a dois marcada por lições de dedicação e carinho.
          Quem conviveu com o casal testemunhou o amor expresso nos cuidados prestados um ao outro, que o tempo não foi capaz de desgastar. Aos 87 anos de idade, a dona de casa fez questão de estar ao lado do marido no hospital no último dia 1º de setembro, quando ele completou 88 anos.
          Com a trágica coincidência do final desta semana, deixam o exemplo de amor a três filhos, seis netos, quatro bisnetos e a quem mais conhece a história do casal, que começou a ser traçada na década de 1930, em Porto Alegre. Naquela época, o jovem natural de Santa Maria e a moça porto-alegrense frequentavam o mesmo clube, o Grêmio Náutico Gaúcho, onde acabaram se conhecendo. Boa nadadora, Vera venceu muitas das competições das quais participou na época.Armando, jogador amador de futebol de salão no mesmo clube, ficou amigo dos irmãos daquela que se tornaria sua esposa sete anos mais tarde, em cerimônia religiosa realizada numa chácara da família dela, no bairro Partenon.
          O futebol continuou a fazer parte da vida dele, mas como torcedor do Grêmio, clube do qual chegou a ocupar cargo de conselheiro e para o qual reunia a família nos estádios. Armando, dono de lojas de móveis de escritório na Capital, também jogava tênis na Associação Leopoldina Juvenil. Há duas décadas, porém, convivia com um problema de coluna, que o obrigou a passar por uma cirurgia e o deixou, desde então, com dificuldades de locomoção.
          O casal era considerado caseiro e gostava de ter a família sempre por perto, principalmente nas temporadas de veraneio, primeiro na praia de Cidreira e, nos últimos 30 anos, em Atlântida. Armando e Vera viviam na Rua 24 de Outubro, nas proximidades da Igreja Auxiliadora. Ontem foram velados no Crematório Metropolitano São José, na Capital, onde os caixões ficaram lado a lado até a cerimônia de despedida conjunta, às 15h.