Este blog destina-se ao contato entre pilotos da "velha guarda", preparadores e simpatizantes, à publicação do Jurassic News e para troca de comentários e emissão de opiniões pessoais.



















terça-feira, 22 de junho de 2010

HISTÓRIA JURÁSSICA

Protagonistas:          Jurássico 1 = J1          Jurássico 2 = J2

          J1 morava onde agora é o Shopping Moinhos, onde fica a porta principal.
          Nas tardes calmas do bairro, J1 ainda jovem, tarado por automóveis e corridas, ouvia de longe o berro daqueles DKW's que zuniam pela Felix da Cunha acima, cruzavam a praça Mauricio Cardoso,, cruzavam a Tobias da Silva, preparavam a tomada de curva, faziam uma leve curva à esquerda na Olavo Barreto Vianna a uns 80 km/h (na cidade, e naquele tempo era muito !) e seguiam até a esquina da 24 de Outubro.

         
           Haviam outros carros que faziam isto e J1 passava as tardes esperando o próximo carro realizar tal façanha. Uns dobravam à direita na Padre Chagas e outros como o DKW de J2, com grade de tela corrugada, passavam voando em direção a 24 de Outubro...
          Isto era quase todos dias, DKW's, Simca's e VW's faziam dalí uma pista de treinos. Bons tempos, que garantiam pouca chance de um carro andar no sentido contrário. Era um "Y" que propiciava a manobra em alta velocidade.
          O bairro de classe alta era frequentado por filhos da burguesia que tinham os poucos carros da época, meados dos anos 60, o que convidava às peripécias da juventude de então. Ocorriam poucos acidentes, e os que ocorriameram nos cruzamentos, pois naquele tempo pouco parava-se nas esquinas desertas.
          Mas um dia, o zunido característico de um DKW Vemaguette, que depois de passar deixava um aroma enebriante de Castrol R40, silenciou naquela perna do "Y".
          Um Itamaraty deu de frente com o míssil germânico.  Atordoado dentro do top de linha da Willys da época, estava um senhor, motorista de conhecido médico oftalmologista da cidade.
           J1 correu ao local, e entre mortos e feridos; nenhum.
           Dentro da Vemaguette estava J2.
          Só os parachoques  danificados (aqueles chapas metálicas cromadas), faróis quebrados, etc...
          Bons tempos em que o celular não existia, o que proporcionou J1 oferecer excitado sua casa, em frente ao ocorrido, para J2 telefonar.
          Anos depois, na Cavalhada e nestes outros confins, J1 descobriu novamente J2 em corridas.
          Logo fizeram amizade e até hoje J1 e J2 são grandes amigos.
          Esta foi a historinha.



QUEM SÃO NOSSOS PROTAGONISTAS, J1 E J2, BEM CONHECIDO POR TODOS?

10 comentários:

Eurico Estima disse...

J1 = Fernando Esbróglio,que passava os sábados inteiros polindo seu VW cinza e por esse motivo quase acabou "na lata"...

Marcelo Aiquel disse...

J1 só pode ser o "gordo" Esbróglio.
No manche do DKW confesso não saber.

Com relação ao J1 (Esbróglio) tenho uma história bem legal: estudavamos na Unisinos (1970/71), curso de Direito, e o "gordo" tinha uma Fusketa branca bem furiosa. No dia da estréia do filme 24 hs de Le Mans, com o saudoso Steve MacQueen, saímos de S. Leopoldo antes do meio dia e chegamos em Poa "voando" para pegar lugar bom logo na primeira sessão (14h no Imperial, Praça da Alfandega). Fomos um dos primeiros a entrar e depois de nos deliciar com aquelas carangas maravilhosas, fomos felizes tomar um Milk Shake no Joe's, comentando as cenas da corrida.
Bons tempos.

Abraço ao J1.......hehehehehe

Anônimo disse...

Dica: quem eram os "taradinhos" que tinham DKW na época e davam "lenha" onde se apresentasse???

Esbroglio disse...

J1 Estima acertou...mas nesta época eu só tinha bicicleta.
J2 Roberto Giordani, o pai.

Marcelo Aiquel esqueceu de dizer o tempo que levamos de São Leopoldo ao centro de Porto Alegre...14 minutos. Verdade que não havia sinaleiras na BR 116.

Abraços.

Esbroglio

Roberto Giordani. disse...

Olá amigos!Agora que o Esbroglio revelou os personagens, posso dizer que era eletrizante chegar no Y já na 3ª marcha,fazer a tomada da curva,dar só "um refresco" e pé no porão de novo; bem, até que o "míssel germânico" encontrou o "tanque" do Itamaraty de frente.
Esbroglio: sou R2 de Infantaria e fiz meu tempo de tropa no então 19RI de São Leopoldo(hoje 19BMINTZ). Não havia esta BR-116 de hoje; era a "estrada velha" por dentro de Esteio-Gauianuba(Sapucaia)e São Leopoldo.....era uma faixa de cimento estreita com paralelepípedos irregulares abaloados marginando.....e cedo, era bom de dar uma caceta: não lembro bem, mas acredito que conseguíamos fazer em 17 minutos da saída de Poa até o 19 RI.
Um grande abraço a todos.

Zuio disse...

Giordani, estas mentindo tua idade.
Pelos relatos, só podes ter vindo na primeira leva de imigrantes que aportaram por São Léo - só falta dizer que o barco tinha motor DKW - Abraços
Zuio

Anônimo disse...

motor DKW de popa.....
Hahaha

Roberto Giordani. disse...

Oi meu irmãozinho Zuio!
É verdade; saí Aspirante no CPOR em 1959 e fui para o 19 RI em abril de 1960............tô veinho sim, com quase 73 anos.
No final dos anos 50, depois de paulear um Buick com motor 8 cilindros em linha, começamos a "sarrafear" os DKW, possivelmente a evolução daqueles que vieram com as primeiras levas de germânicos. Hehehehehehe........
Acredito que poucos conheçam a história da vinda do nosso querido Seu Iwers da Alemanha para o Brasil.
Ele veio de mecânico chefe em um navio(???)que tinha um poderoso motor de 90 HP, e atravessou o oceano. Pergunte para o Heinz a história toda na próxima Reunião dos Jurássicos.
Acho que era diesel.......só faltava ser a dois tempos.....hehehehe..
Um grande abraço a todos.

Marcelo Aiquel disse...

O "J1", mais conhecido por Fernando Augusto de Carvalho Esbroglio, que também atendia pela "alcunha" de Flash Gordon (ou Gordo Esbróglio), lembrou bem do tempo record, mas esqueceu que havia mais de uma sinaleira na BR116: logo após a ponte sobre o Gravataí tinha a primeira; depois, outra em Canoas (defronte o avião).
Sem contar os diversos cruzamentos, onde carros velhos, ônibus e até carroças, cruzavam a estrada na nossa frente.
E também deve ser salientado que a distância foi medida da velha Unisinos (lá no centro, junto a Rodoviária) até o centrão de Poa.
Um desatino total, que achavamos um barato......hehehehehe

Nesta gama de loucuras, tem outra inesquecível: Freeway, sexta-feira de veraneio, saída de Poa, 19h. Dois carros, a saber: um Maverick V8, bordô, com o Bocão Pegoraro ao volante,e a avó (se não me engano) de carona no banco de trás; um Opala 250S, azul, comigo no manche.
Nos encontramos bem no início da autoestrada, próximo da elevada sobre a BR116.
Freeway bem cheia de veranistas e nós nos "pegamos". Não existia lado para ultrapassar, nem acostamento que impedisse a "lenha".
Resumo da ópera: menos de 45 min após, com pedágio e tudo, paramos num posto em Osório para fazer um xixi e dar risadas da proeza.

Velhos tempos....hehehehehehehe

Manoel Antonio Marques disse...

Giordani
Nada estranho se o motor do navio fosse um 2T.Na usina elétrica da Varig,o motor que movia o gerador era um MAN de 7 cilindros (sete mesmo) de 2 tempos.Lembra dos famosos caminhões GMC "maritimo" ?pois é eram mototres diesel a 2 tempos,alias as barcas que faziam a travessia do Guaiba tinham estes motores.O motor Perkins que já foi fabrica no Brasil era Diesel,hoje é a International Motors,em Esteio,antiga Maxion,só que os motores são os MVN,mas não são mais 2 tempos.
Um abraço
Maneco Marques