O CIRCO DA FÓRMULA 1 ESTÁ DE VOLTA A EUROPA (1ª parte)

     Pois recomeçou a Fórmula 1, que no ano passado terminou com acidentes intencionais, times de fábrica saindo da competição e escândalos sexuais.

     Quem diz isto não sou eu.

     Morando na Lomba do Asseio, eu jamais poderia ir tão longe em informações, mas são a soma de opiniões de revistas européias, inclusive a poderosa Time e de Caroline Reid, autora de Fórmula Money, um autorizado guia das finanças na F1. Olhem um exemplo do que é a publicação clicando aqui.

     Convém lembrar que F1 é um dos maiores negócios esportivos da atualidade, além de ser uma simbiose de justa medieval, e de uma tecnologia capaz de lançamentos espaciais.

     No ano passado, fãs e escuderias gastaram 4,6 bilhões.

     Seiscentos milhões de pessoas em todo o mundo olharam pelo menos uma parte do campeonato, e por este motivo grandes empresas de qualquer lugar tem interesse em anunciar.

     Em 2009, o Sr. Max Rufus Mosley, então presidente da FIA, foi obrigado a renunciar após 17 anos de comando, mas isso não evitou a saída de empresas como a Toyota e a BMW. ( Honda já havia saído no ano anterior).

     Nos últimos anos alguns escândalos turbinaram os problemas.

     Em 2007 a McLaren foi multada em 100 mihões de dólares quando um engenheiro foi flagrado com planos fornecidos por um empregado da Ferrari (700 páginas)

     Em setembro passado, Flavio Briatore foi banido do esporte para sempre por pedir a um piloto que batesse no muro para ajudar seu outro piloto (Piquet e Alonso). Briatore apelou e ganhou em primeira instância, mas a "pendenga" continua.

     Outra queixa é que os custos subiram demais. Um túnel de vento está custando 40 milhões de dólares e você precisa de um grupo de engenheiros especializados para fazê-lo funcionar, ou seja, poucas escuderias podem gastar tanto dinheiro para ganhar dinheiro.

     Atitudes paralelas também não ajudaram em 2008.

     Max Mosley foi fotografado durante uma secção de sadomasoquismo com 5 prostitutas vestidas de nazistas e as fotos saíram nos tablóides ingleses.
     Mosley os processou por invasão de privacidade e ganhou, mas a sua moral estava comprometida. A partir daí as coisas foram de mal a pior.
     Todos aceitaram que ele fizesse a "suruba", mas com elas travestidas de nazistas foi demais.
     65 anos não foram suficientes para deletar o grande conflito que terminou em 1945.

     Flávio Del Mese